sábado, 31 de janeiro de 2009

Marketing ou vaidade?

Anda circulando na internet uma mensagem com duas fotos da ministra Dilma, antes e depois da cirurgia plástica, e o seguinte texto:

O QUE A SIGLA PAC REALMENTE SIGNIFICA?
Peeling Aplicado na Coroa
Programa de Auto-limpeza da Cara
Privilegiar Aparência da Candidata
Programa de Aceleração da Cirurgia
Plástica de Adequação da "Companheira"
Programa de Alavancagem da Candidata
Perfil Aceitável da "Companheira"
Pregas Arregaçadas e Costuradas
Pitanguy Adiante Corrige

Que gente malvada! Será que a cirurgia foi só uma estratégia de marketing? E a vaidade feminina, não conta?

Pode ser. Mas, não posso deixar de lembrar que vaidade não fazia parte dos hábitos da maioria das militantes de esquerda, durante a ditadura. Especialmente as que tinham um nível tão alto de envolvimento como o da agora ministra.

Na verdade, assim que se entrava no movimento estudantil – o jardim de infância da militância -, qualquer demonstração de vaidade era prontamente combatida como “desvio ideológico”. Lembro como se fosse hoje o primeiro contato, em 1969, com as "lideranças” do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A caloura de minissaia, salto alto e cabelo bem tratado sendo recebida com olhares de espanto e reprovação pelas futuras companheiras, de cabelos desarrumados, rostos pálidos, roupas muito simples e sem graça, algumas tão exageradamente despojadas que calçavam tenebrosas sandálias franciscanas.

Acho que a mudança de layout da ministra tem as duas coisas, trabalho de imagem e vontade pessoal. E ela não é a única a dar um trato no visual; as “jubas” domadas da Luciana Genro e da Jandira Feghali são dois exemplos recentes.

E, a favor da ministra, pode-se dizer que sua plástica foi bem sucedida, pois discreta. O que já não se pode dizer algumas “celebridades” - e isso inclui as da política -, submetidas a tantas intervenções que ficaram com uma pele muito esticada, lábios excessivamente volumosos, um rosto sem expressão e ostensivamente artificial que denuncia a “idade” que tanto querem esconder.

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3 comentários:

Anônimo disse...

Bastante criativas as "brincadeiras" com a sigla PAC, adorei!
Massss, não devemos nunca esquecer, que uma mulher,de qualquer matiz ideológico, religioso, cultural,etc, etc, tem lá suas indizíveis razões e desejos, que nem Freud conseguiu decifrar. Qual de nós,não quer ser bela e desejada? O que importa, são os conceitos e o lugar,na escala das nossas prioridades que colocamos vontade tão ampla quanto com conteúdos tão diversos. Para alguns, rugas são "marcas da vida",para outros,significa decreptude e sinal de morte das células... O que importa é entendermos que, se envelhecer faz parte do processo da vida, querer dar uma freada no processo é uma peculiaridade do gênero feminino e por que não, do masculino tambem que,cá prá nós, tem fantasmas bem mais assombrosos...rs. Estaríamos patrulhando Dilma, se fôssemos contra qualquer mudança que ela queira fazer no seu visual. Se não o fizer com dinheiro publico,que fique mais bela e mais jovem quanto puder. Afinal, foi ou não foi, pela conquista da liberdade, que foi guerilheira?

Anônimo disse...

GENTE, DESCULPEM MAIS UMA VEZ! DETESTO OPINIÕES ANÔNIMAS, EMBORA ENTENDA QUEM AS FAÇA. MAS, ME "enrolo toda" NA HORA DE POSTAR UM COMENTÁRIO. ESTE COMENTÁRIO ACIMA É DE ALICE ROSSINI

Rose Bahiana disse...

Vera, os anônimos as vezes são provocados pela inabilidade, nossa ou do programa, de envio de comentários de blogs e sites. Ah, quando eles podem para nos cadastrar. É um inferno!
Sobre a ministra, discordo num ponto: não achei tão natural a plástica dela, acho tão artificial quanto as outras...
Elas tão todas iguais: Marta, Marisa e Dilma.Na aparência e no pensar sobre nós: somos todos idiotas.
E é apenas para ganhar eleição...Como o Lula. A única vaidade que a moça tem é o PODER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E olha recebi um texto muito bom, de uma sindicalista, acho que da área do comércio. Essa é a nova violência contra nós, mulheres, e a pior: internalizada.
Estamos morrendo em busca de um modelo inalcansável: ser igual as da capa das revistas, para as quais virar bela é profissão. Passam o dia fazendo isso. E, apesar disso, estamos cada vez mais sós.
Você só falou das meninas da faculdade, esqueceu dos homens que até hoje estão iguais: uns bagulhos atrás de menininhas. Naquela época, éramos belas, porque jovens, cheias de esperança e fé. Muitas ficaram pelo caminho, tornaram-se horrorosas nos porões da ditadura, Na Argentina, algumas pariram -- e jamais viram os rostos de seus filhos. Essas mulheres tinham o dom de transformar em ouro, uma ditadura latão.
Sou Rose, caso apareça como anônima.
bjo