Gustavo Teixeira*
Se entender o outro já é um negócio complicado, que dirá se relacionar com o outro!
Uma amiga brasileira de velhas datas, que também mora aqui nos Estados Unidos, veio conversar comigo esta semana. Entre queixas de saudades da vida no Brasil, ela deixou escapar que seu casamento não vai lá muito bem das pernas. Casada há quatro anos com um americano, disse que não sabe se vê mais futuro em seu relacionamento.
Mas o grande chiste é que, segundo ela, a pedra havia sido cantada exatamente quatro anos atrás – e, o que é pior, por uma pessoa completamente desconhecida. Quando foi acertar o vestido de noiva, e começou a contar detalhes do casamento por vir à costureira, também brasileira, esta lhe profetizou: “Não vai dar certo!” E a minha amiga, perplexa, indagou: “Como assim?” Ao que a senhora respondeu: “Também já fui casada com um americano, mas não dá certo, somos muito diferentes. São culturas muito diferentes. Gostamos mesmo é de brasileiros!”
À época, apaixonada e empolgada com o casório, a minha amiga não deu muita trela aquele papo que lhe pareceu sem pé nem cabeça. Mas confessou-me que atualmente, quando pensa em seu relacionamento, sempre lhe vem à mente a frase daquela senhora magra, de óculos bifocais e falar manso; de alfinete na mão e pronta a dar o último arremate naquele longo vestido branco.
“Gustavo Teixeira é ex-craque do meio-campo do Fluminense, tendo sido peça-chave na conquista de muitos títulos nacionais e internacionais para o clube, na década de 80. O Fluminense foi um famoso time de futebol-de-botão da Rua Pero de Góis, em Campos, interior do Rio.”
sexta-feira, 7 de março de 2008
Profecia
Postado por VERA DANTAS às 17:59
Marcadores: casamento, Gustavo Teixeira
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