segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Nenen

Um estudo realizado há alguns anos revelou que a dor mais forte que o ser humano pode sentir é a perda de um filho. Concordo. E concordaria mesmo sem ter lido esse estudo, pois já vivi essa terrível experiência.


Mas o que a “diferencia” das outras dores, além da intensidade devastadora inicial (início que pode durar até anos)? É a permanência. A terapia ajuda a curar as feridas, a elaborar a dor, a continuar vivendo. Os outros filhos te enchem de alegria. Mas, mesmo com tudo isso, basta um pequeno detalhe para você sentir, nem que seja por um pentelhésimo de segundo, aquela dor de novo. Eu nunca mais pude ouvir “Pedaço de mim”, do Chico. Simples assim.

Neste momento estou muito triste. Minha gatinha, Nenen, morreu nesta madrugada. Tenho quatro gatos, mas a Nenen era especial: miúda, delicada, carinhosa, adorava um chamego. Nem parecia gato, pois eles, em geral, são meio ariscos; só se aproximam quando querem.

O que tem a ver a perda de um filho com a perda de um bicho? Tudo, pelo menos para mim. Pois os meus gatins são também como filhos. E, no meu sofrimento, não há dor relativa. Ela é sempre absoluta.

6 comentários:

Fernando Moutinho disse...

Sinto muito!!!

Eu tinha um gato, o Ronaldinho, morreu!!!

Alice Rossini disse...

Entendo perfeitamente que a dor de perder um filho é a pior de todas mas, "felizmente" só experimentei a dor de perder uma gatinha. Uma gata com comportamento de gente, manhosa, nos esperava na porta e, como toda mulher, inteligente e cheia de "artimanhas":nunca conseguimos antecipar um cio, nem o prmeiro que a vaterinária contra indicou qualquer contato sexual. Pois bem, a criaturinha, sem dar nehum "sinal" que sua hora tinha chegado, fugiu e voltou toda machucada e grávida de sete gatinhos, cada um de uma cor...
Num dia terrivel, ela outra vez prenhe, foi atropelada na porta da nosssa casa. Viveu intensamente mas, não tinha sete vidas. Foi duro o golpe e demorada nossa recuparaçao.
Sinto pelo seu gatinho mas, infelizmente, eles entram nas nossas vidas, nos fazem felizes e perdem a única vida que tem, simples assim..

Miguel Jonathan disse...

Oi, Verinha,
Gostei do seu blog, muito caprichado, só não gostei da notícia sobre a Nenen. Mas, que fazer? Ter bichos tem seus belos momentos, mas a gente se apega e eles tendem a ir mais cedo.
No dia que a nossa cachorrinha morreu, ninguém em casa conseguiu ir trabalhar. Passamos o dia na maior tristeza. Até hoje, mais de 15 anos depois, ela é lembrada como um membro querido da família...
beijos,

Anônimo disse...

Oi Vera, se há um consolo nesse momento é que eles vivem menos mas muito mais intensamente. Que descanse em paz.

Parabéns pelo lindo blog!
beijos, Gus

Tati :) disse...

Meus sentimentos!
Entendo perfeitamente.
Bjos

Sandra Chaves disse...

Querida Verinha,
Perdi uma gatinha também. Não era minha, era das minhas filhas, mas era minha também. E me fazia mais companhia que do que às minhas filhas, que cresceram e arrumaram outras diversões. À noite ainda acho que ela vem até o pé da minha cama. Mas é só um sonho.